1988: MIL NOVECENTOS E OITENTA E OITO

MIL NOVECENTOS E OITENTA E OITO

COMPILADO POR Mário Pazcheco

14 fevereiro

'A Última Gargalhada' (livro inédito de Rita Lee)

Tom Wolf a Brant Mewborn

25 fev.

AS CINZAS DO HOJERIZAH

2 março

Renato Russo comenta o Grammy de 1988

“Na categoria performance feminina pop, não escolho ninguém da lista. Meu voto fica para a Marianne Faithfull. Também não voto em ninguém para o pop masculino e, no rock, daria meu voto par ao vocalista do Simply Red, Mick Hucknall, que não aparece na lista. Também acho péssimas as indicações para dupla ou banda de rock e minha canção do ano não está na lista do Grammy: é Happy when it rains, de Jesus and Mary Chain. Na verdade, acho esse prêmio muito careta, tanto quanto o Oscar. Eles só sabem premiar as coisas médias. Aqui, fariam uma lista que incluiriam, por exemplo, Rosana. Eu prefiro Cida Moreira”.

A festa do Grammy na TV – O Globo, 2 mar. / 1988

2 a 20 mar.

Salvador. A obra de Glauber Rocha volta a Bahia, acontece no foyer do Teatro Castro Alves uma exposição com extratos de sua poesia de 1967 a 1974, desenhos feitos em 1965, textos jornalísticos e filmes.

22 mar.

Da Viagem de ácido ao pó

Macalé versus a besteira brasileira

27 mar.

Grande Othelo: sem carrão, piscina e big casa mas feliz

6 abr.

Tudo começou nos "porões" do Brasília Rádio Center
(Rodrigo Leitão*)

 5 generais  3 dos 5 Generais por Ricardo Junqueira

   Poucos dias antes da morte do ex-presidente Tancredo Neves, a sala 2098 do edifício Brasíilia Rádio Center recebia três jovens músicos que passaram a dividir o espaço com outras duas bandas: Finis Africae e Objeto Direto - que mais tarde passou a se chamar 5 Generais. Ali nascia o núcleo de uma arte diferente, que mesclava o simbolismo poético com a fusion musical dos anos setenta e oitenta. O grupo ainda não tinha um nome definido já esboçava um repertório original que cresceu muito com a chegada do Rio de Janeiro de um dos principais artistas do underground carioca, o Lui. Aquele mesmo que foi capa do "passo" dos Paralamas.

   Com Lui nos vocais, Pedro Hienna no baixo, Paulo Coelho na guitarra e Adriano na bateria, o Arte no Escuro deu início a um trabalho na linha do rock que geograficamente poderia ser feito em qualquer cidade do país, mas coincidentemente aconteceu em Brasília. O interessante na proposta do grupo é que naquela época, apenas eles faziam uma música diferente - muito mais introspectiva - do trabalho de outras bandas da cidade como Plebe Rude, Finis Africae, Legião Urbana e Capital inicial.

   Um mês depois da formação definida e um pequeno repertório já composto, o Arte no Escuro subia em um palco instalado no Atelier da Arquitetura na UnB. Na programação da festa constava a participação de outras bandas, mas quem chamou a atenção foi o novo grupo que se apresentava pela primeira vez. Quem não sabia o que estava acontecendo em cima daquele palco poderia dizer que alguém havia incorporado Jim Morrison e Ian Curtis (Joy Division) de uma só vez. A presença de Lui como intérprete era admirável. O grupo não escorregou e um pequeno público passou a seguir a banda - na época com tendências dadaístas - por todos os lugares onde se apresentavam.

   Logo, logo o murmurinho chegou ao Rio e a São Paulo, Lui foi embora de Brasília e os três fundadores do Arte no Escuro - após uma tentativa com Eduardo, vocalista do Finis Africae - chamaram Marielle Loiola que acabara de sair do Escola de Escândalo (mar. / 1986), com quem gravou as músicas Luzes e Complexos editadas pelo Sebo do Disco no LP coletânea Rumores. A banda ganhou uma nova imagem. Com a atuação de Marielle que conquistou um bom público enquanto vocalista do Escola - eles partiram para o Rio de Janeiro no intuito de mostrar o trabalho para um público diferente, mas não menos viciado no rock Brasília. Novamente ganharam a parada. Retornando à cidade, o Arte no Escuro passou a ser uma das principais bandas da linha de frente do rock local, ganhando destaques nos jornais, rádios e revistas especializdas de circulação nacional. Com a publicação de um artigo na coluna "Porão" da revista Bizz - a gota d'água para o sucesso - o Arte chegou aos ouvidos dos produtores da Odeon - gravadora que mantém sob contrato alguns colegas de estrada como Legião, Plebe e Finis. O segundo contato com a gravadora se deu sob o aval das Rádio Fluminense FM, das rádios de Brasília que executavam o rock local em suas programações alternativas.

Em agosto de 1987, com os processos burocráticos acertados, eles seguem para o Rio e dão início às gravações de seu primeiro LP. Além de "Beije-me Cowboy" e "Na noite", conhecidas do público através de shows e execução em rádio, o Arte no Escuro grava mais seis músicas com produção do baterista Gutje e Mayrton Bahia (produtor da Legião, Finis e Zero, entre outros).

O cabelo descolorido de Pedro e o estilo glamour selvagem de Marielle marcaram a entrada do Arte no mercado nacional

*Jornal de Brasília, 6 abr. / 1988.

ARET NO

20 abr. / 1988 - Arte no Escuro lança disco

3 maio

1988 3 maio

Roqueiros de Brasília tem inveja de Renato Russo

13 mai.

Junho

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Tom Hayden em foto de junho de 1988 (Foto: Lennox McLendon/Arquivo AP Photo)

1988 13 mai

6 junho

1988 6 junho

18 jun.

Reminiscências: o fatídico show de 1988 em Brasília que era aguardado com ansiedade por Renato Russo se transformou numa batalha campal.

1988 18 junho

9 julho

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"Danceteria da Fonte era uma boate no sub-solo do Centro Comercial Cruzeiro Center que também tinha uma sorveteria que era o 'point' do Cruzeiro que nem aerao'Bobodromo' que era o Truck's aqui no Guará... Lá aconteceram muitos shows, outro que eu fui foi o U2 Cover de São Paulo...". (Ricardo Retz)

19 julho

Bruce Springsteen fez o primeiro show de rock da Alemanha Oriental, botando os guris do mundo comunista para cantar a plenos pulmões "Born in the USA". Um ano e quatro meses depois, o muro caiu.

17 agosto

Surge o disco Brian Wilson, onde ele toca piano, órgão, teclados, emulator, Glockenspiel, percussão, e ainda faz os efeitos sonoros. Resultados satisfatórios para os homens da companhia de disco, para o artista e o psicólogo. Tempo suficiente para Eugene Landy evoluir de parceiro de Wilson a “produtor executivo” do disco recebendo 25% dos direitos autorais, por cinco letras.

26 ago.

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20 anos do single "Hey Jude" / "Revolution" 

26 - 28 ago.

O festival Rock Summer, que ficou conhecido como Glasnost Rock, a Estônia reuni mais de 20 artistas ocidentais como o britânico Public Image Ltd.(PIL) e roqueiros do país diante de um público de 150 mil pessoas. O processo de emancipação da Estônia foi tão intrincado com a música que é chamado de Singing Revolution (Revolução Cantada), título de um documentário de 2007.

11 set.

Sérgio Sampaio de volta com seu bloco

10 a 16 set.

Resenha dos LPs Faremos uma noitada excelente, disco ao vivo de Arnaldo & Patrulha do Espaço, com músicas de um show de 1978, e A pedra do Genesis de Raul Seixas

Sao_Pedro

14 maio de 1978 - Teatro São Pedro, ao vivo! Simplesmente! Júnior na bateria, no duelo os guitarristas Dudu Chermont e John Flavin, e o contrabaixista Coquinho, em "Um pouco assustador" (Foto: Grace Lagôa)

Aclimacao

1977 - Parque da Aclimação Lagoa dos Gansos: o trio Arnaldo, Rolando e Coquinho olham um distante John Flavin. Premonição da separação próxima - Foto: Grace Lagôa

O disco de estúdio de Arnaldo & Patrulha, 'Elo perdido', foi gravado em 1977, mas só lançado em 1988. Por quê? 
Na época, oferecemos o disco para várias gravadoras e ninguém quis lançar. A banda implodiu por desentendimentos nossos com o Arnaldo. O que as pessoas ouvem é na verdade uma mixagem bruta que o Cokinho levou para casa e acabou sobrevivendo ao tempo. A verdade é que esse disco nunca foi devidamente finalizado. Em 1987, eu lancei o Faremos uma noitada excelente, disco ao vivo de Arnaldo & Patrulha, com músicas de um show de 1978. O disco teve uma recepção legal. Com isso, o cara do selo do Vinil Urbano me convenceu a lançar o Elo perdido.

17 set.

1988 17 set

17 a 23 set.

Inexistencia

25 set.

O Cantor e compositor, Walter Franco no show "Horizontes Novos", lembra seus antigos sucessos e apresenta composições inéditas, acompanhado de uma nova banda.

29 set.

1988 29 set

   Sampaio e Macalé na Funarte 

   (Diana Aragão**) Show/Crítica

   Jards Macalé e Sérgio Sampaio. À primeira vista parece uma reunião insólita a que está acontecendo no palco da Sala Funarte Sidney Miller até o próximo dia 8 set./1988, quando os cantores-compositores têm a rara ocasião de exibir antigos e novos sucessos num roteiro de 21 composições e uma hora e 30 minutos de espetáculo. Comandados pela criativa direção de Charlot, com direito a uma boa iluminação e até mesmo cenário idem, os artistas apoiados somente por seus violões – com destaque para o de Macalé, tocando cada vez melhor -, a guitarra de Renato Piau e o contrabaixo de Paulo Sodré, realizam show dos melhores onde o profissionalismo é a tônica (a ressalva se faz necessária para quem conhece a fama de “loucos” dos dois artistas) numa rara cumplicidade com o jovem público que quase lotou o local.
   O absurdamente pouco valorizado Sérgio Sampaio – quem não se lembra da atualíssima Eu quero é botar meu bloco na rua, estouro do Festival Internacional da Canção de 1972? – é quem abre o show mostrando boa safra, como as canções Cantar bonito, a lindíssima Que loucura, incluída no repertório de Luiz Melodia, A rosa púrpura de Cubatão, a engraçada Polícia, bandido, cachorro, dentista e Negra melodia, homenagem ao artista que escreve, no programa, um pequeno texto sobre os dois artistas. É uma deixa para a entrada de Macalé que, em cima da sua ótima Rio sem tom, recria todo um clima de bossa nova.
Ouvimos ainda O pato, de Neuza Teixeira, o clássico Blue suede shoes, de Carl Perkins, e um lindíssimo Cartola com Acontece. Para quem tem visto os últimos shows do artista, o repertório até que mudou e Jards Macalé é sempre bem-vindo (quando não desanda a falar) com suas criações e recriações. Sérgio Sampaio retorna mostrando mais um lote de suas canções com destaque para Quatro paredes e New pobre blues além do Bloco que encerra o show com dois cantando junto com o público.

*Sérgio Sampaio e Jards Macalé. Show com os artistas na Sala Funarte (Rua Araújo Porto Alegre, 80). Direção geral de Charlot. Cenário de Marcelo Craveiro e Marcos Garcia. Iluminação de Ricardo Passos e Paulo Roberto Santos. De terça a sábado às 18h30m. Ingressos a CZ$ 400.
** O Globo, 29 set. / 1988.

3 outurto

Talk Is Cheap is the debut solo album by Keith Richards of the Rolling Stones, released in 1988.

11 out.

Yoko Ono sai de Nova York com medo de atentado 

(Folha de S. Paulo*)

Temendo um novo atentado que ameace a sua segurança e a de seu filho, Sean Lennon, a cantora Yoko Ono, decidiu ausentar-se de Nova York por uns tempos. Nos últimos meses a mídia americana foi invadida por uma série de artigos, livros e filmes que devassam a vida de Lennon. Yoko declarou ao jornal "The New York Post" temer que isso provoque a reação de algum maníaco. Lembrou a declaração de Mark David Chapman na época do assassinato de Lennon, dizendo que foi exatamente um artigo negativo sobre Lennon publicado numa revista norte-americana o que levou Chapman a assassinar seu marido, há oito anos. "Certas pessoas, como Chapman", disse Yoko, "levam muito a sério o que lêem".

1988 12 out1988 16 dez 16 dez. / 1988 - CB

Novembro

No Vale Tudo, o Akneton abre para Nico Rezende, Ed Motta e Conexão Japeri, Egotrip e Barão Vermelho. Como convidada especial trouxe a bailarina, Maura Baiochi.

6 nov.

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 Foto:
Márcia Zoet

 Koellreutter será guia da excursão ao Festival de Música de Madras
 (Antonio Gonçalves Filho*)

 O compositor e professor do Instituto de Estudos Avançados da USP, H. J. Koellreutter, 73, será o guia cultural de uma excursão pela Índia no início do próximo ano, quando estará sendo realizado no país o tradicional Festival de Música e Dança de Madras. Koellreutter, um dos autores musicais contemporâneos mais conceituados dentro e fora do Brasil, morou na Índia cinco anos, na década de 60, e vê muitas afinidades entre a música clássica indiana e a estética “relativista do impreciso e do paradoxal”, como ele acha a música aleatória.
 Madras fica no sul da Índia. Por um mês ela se transforma no palco da cultura no país. Organizada pela Transmar Turismo, de São Paulo, a excursão já tem 20 pessoas inscritas, que vão pagar US$ 2.629 (cerca de Cz$ 1,3 milhão) mais a parte terrestre (metade da passagem aérea) para ver uma semana do Festival. “A música, na Índia, sempre foi ligada a outras artes e tem muitos elementos em comum com a Física moderna. Os conceitos de passado e futuro, por exemplo, são expressos por uma mesma palavra, ‘kal’. Também a afirmação que os contrários são complementares contesta a estrutura básica da música ocidental, que trabalha com a noção dos opostos – consonância e dissonância, tempo forte e fraco etc”.
A aparente monotonia dos sons repetitivos da música clássica indiana gera uma associação curiosa de Koellreutter com o compositor preferido de Napoleão Bonaparte, Paisiello (1740-1816). “Não há grandes contrastes de fraseado e intensidade, é um tipo de música que chamamos de metamúsica. Certa vez, comentando sua paixão pela música de Paisiello, que parecia monótona a amigos de Napoleão, ele disse que era essa característica que mais o impressionava”, diz.
A característica principal da música indiana, segundo Koellreutter, é sua integração num todo. “Os signos são equivalentes e tudo é improvisação. Tanto que o que mais impressiona um estudioso é não encontrar documentos históricos até o aparecimento do gravador. A Índia só foi ter uma anotação musical há 40 anos, ainda assim para fins pedagógicos”, diz. As incrições para a excursão terminarão dia 3 de dezembro. Os interessados devem procurar a Transmar (av. Ipiranga, 104, conj. 212, tel. 255-3733, zona central).

*Folha de S. Paulo, 6 nov. / 1988.

15 nov.

1988 15 novembro

 

24 nov.

1988

Neganoite - Gran' Circo Lar com Itamar Assumpção - 

1 Dezembro

1988 23 nov1988 1 dez

Zine

  

   Arnaldo Solizta

1988 dez

Daniel Mattos, guitarrista e produtor

17 a 23 dezembro

Marciano Sodomita e Akneton - Conexão com a estratosfera de Brasília  

Artes

Paris. É construída a pirâmide do Louvre.

Rubem Valentim começa a realizar serigrafias impregnadas de uma exuberância de cores.

Março

Carlos Vergara inaugura exposição individual na Galeria Thomas Cohn, Rio de Janeiro, e apresenta dez telas. Além das tradicionais, Vergara passa a utilizar tintas industriais que “em contraste com as outras, oferecem a oportunidade de ele montar ‘pequenas armadilhas para o olhar’, avanços progressivos na direção da inteligência da visão. Organizada ainda a partir das grades que abriram a nova fase pictórica, Vergara mantém ainda um sistema de divisão da tela com cordas que ficam marcadas na pintura. Mas a grade está ampliada, quase estourando (...) E a tinta, aplicada com as mãos ou com esponjas, aparece na tela como uma explosão líquida de cor, um splash que condensa em si o ato do pintor e seu pensamento”.

A Petite Galerie, de Franco Terranova, fecha as portas. Fundada em 1954, a galeria foi a primeira no Rio a se dedicar à produção contemporânea.

17 out.

São Paulo, na galeria Millan, a exposição 63/66 - A figura e o objeto, que tem como curador o crítico Casemiro Xavier de Mendonça. A mostra reúne 34 artistas, entre eles Antonio Dias, Vergara, Waldemar Cordeiro e Gerchman.

rex   Foto de 1966, publicada em "O Cruzeiro" com participantes da "63-66"

   O grupo "Rex" é formado por Wesley Duke Lee (prêmio na Bienal de Tóquio em 65), Geraldo de Barros, Nelson Leirner, José Rezende, Frederico Nasser e Carlos Alberto Fajardo. Eles fazem um trabalho de equipe acreditando que só assim podem realizar algo de realmente produtivo. O regulamento dos "Rex", feito com intuito declaradamente satírico, possui 18 itens, entre eles o seguinte: "Nós vemos tudo, ouvimos tudo, falamos tudo e eles não vêem nada, não ouvem nada, não dizem nada (a não ser o que todo mundo já sabe)".

   • Rubens Gerchman exibe coletivamente no The Bronx Museum of the Arts (Museu de Artes do Bronx).

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 22 nov.

 Em clima de colunas gregas, Franz Weissmann e Fernando Bicudo, com colar soy-loco-por-ti-Xingu, no lançamento do vídeo sobre Tomie Ohtake, no Gabinete de Arte.

   Música

 Jorge Mautner lança o LP Árvore da Vida.

  • Itamar Assumpção ao assinar com a gravadora Continental em intitula ironicamente sua estréia em um grande selo como Intercontinental! ! Quem Diria! Era Só o que Faltava...

    • Wanderléa, passou alguns anos longe do público, lança um disco solo, mas pode ser ouvida em participações de discos de Egberto Gismonti e Raul Seixas. Participa de programas de auditório e faz shows pelo país...

    • "Fui convidado a fazer parte da banda Marciano Sodomita, porém tocando baixo no lugar do Marcelo! fiz alguns shows com eles como baixista durante os anos de 1988-89! Toquei em lugares como ASBAC, SESC, bares em Taguatinga e no Plano Piloto! Porém em 1989, deixei a banda com muita saudades para me dedicar a minha guitarra Telecaster!". (Leandro Bentes).

   • A extraordinária técnica de Marcus Rampazzo na guitarra confunde George Harrison, o ex-beatle chegou a pensar que as gravações executadas por Rampazzo em uma fita entregue ao próprio George eram gravações piratas suas.

   • Stockhausen apresenta uma série de concertos na Sala Cecília Meireles-Rio.

   • A vocalista Grace Slick sobe ao palco durante um show de ex-componentes do Jefferson Airplane. Grace Slick, Paul Kantner, Kaukonen, Casady, Balin e Kenny Aronoff (bateria), gravam o álbum Jefferson Airplane que fica no 85º posto.

 

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   •  A banda Joelho de Porco foi pioneira em misturar rock pesado com tropicalismo, humor com punk. Lança o seu  último álbum, 18 Anos sem Sucesso.

• Itamar Assumpção ao assinar com a gravadora Continental em 1988, intitulou ironicamente sua estreia em um grande selo como Intercontinental! ! Quem Diria! Era Só o que Faltava...

   • The Mamas & the Papas apresentam-se em São Paulo.

   • Vinte anos após seu lançamento, We’re Only in it for the Money é lançado clandestinamente no Brasil e tudo leva a crer que oficialmente jamais será.

   • Eric Clapton e Patti Boyd se separaram.

   • Definitivamente as guitar bands invadiram a cena inglesa e desde então não saíram mais.

Literatura

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Ava Gardner: the secret conversations praticamente pronto. Antecipando o lançamento, a revista Vanity Fair publicou na sua edição de Julho um excerto. E o que contou, afinal, Ava Garner a Peter Evans nesse ano de 1988 quando tinha já 65 anos e a sua lendária beleza era cada vez mais uma memória? (foi ela quem disse um dia que Elizabeth Taylor “não era linda, era bonita”, enquanto ela, sim, era “linda”).

famous

   • In Famous for 15 Minutes: My Years With Andy Warhol, Ultra Violet’s 1988 memoir, she wrote about her return to religion after a nervous and physical breakdown. She kissed and told, naming among her past lovers Rudolf Nureyev, the artist Ed Ruscha and Mr. Forman. And she denounced the person she had been during the Warhol years as an “unleashed exhibitionist chasing headlines.”

   • A Max Limonad relança PanAmérica de José Agrippino de Paula em tiragem limitada, que se esgota em seis meses.

   • Carlos Escoteguy publica Relatório da Noite, numa Edição Quixote, de Porto Alegre.

   • Storming Heaven: LSD and the American Dream. Jay Stevens. Editora Harper & Row, New York.

   • “Sentia algo estranho. As cores haviam mudado, as paredes haviam mudado, meu humor havia mudado. Ao fechar os olhos, comecei a ter belíssimas fantasias”, disse o químico, Albert Hofmann descobridor do LSD.

   • Seis volumes do catálogo da exposição dos dez mil objetos vendidos ao público pela Sotheby's de Nova York, são colocados à venda em livrarias a 95 dólares, o volume, o público se dava por feliz com a oportunidade de conhecer a coleção - e o estilo - de Andy Warhol.

   • Andy Warhol por Wayne Kostenbaum. Editado por Penguin Lives.

   • 61/63, primeiro volume do catálogo "raisonné" projeto de catalogação das 15 mil obras de Andy Warhol. Trabalho começado a quase 20 anos, o sexto e último volume só deve sair em 2013.

   • Ary Pára-raios cria o jornal independente Viva Alternativa.

   •  O agora saudoso jornalista Alexandre Kadunc lança o livro Xok– Buracos Negros do Apocalipse

   17 jun.

   Um chá no Saara

   9 out.

   O dia em que a filosofia enlouqueceu

   9 nov.

   Leilão de original é traição a Kafka

Televisão

 
 16 ago.

 A TV Cultura exibe o documentário It Was Twenty Years ago Today em duas partes, com o título de "Beatles e a Banda do Sargento Pimenta". As vinhetas do programa traziam uma versão animada da colagem que ilustra a capa do LP.


 Cinema

 Limite vira marca referencial do cinema brasileiro. É escolhido, em inquérito nacional promovido pela Cinemateca Brasileira, o melhor filme brasileiro de todos os tempos. Em outubro, Mário Peixoto ganha um prêmio especial do Governo do Estado do Rio de Janeiro.

 Tudo é Brasil (Rogério Sganzerla).

 O Despertar da besta. (José Mojica Marins). "Novamente, porém, um imprevisto vem cortar sua carreira. Augusto Kalil renuncia ao cargo de presidente da Embrafilme. O negativo de 'O Despertar da besta' é esquecido no depósito de matéria da empresa em São Paulo. Por acaso descubro seu destino em 1988, mas antes que possa denunciar o erro, o negativo é depositado na Cinemateca. De novo minhas ilusões iam por água abaixo. O meu contrato com a Embrafilme não me permitia negociar com qualquer outra distribuidora. 'O Despertar da besta' estava novamente enjaulado, dentro de sua própria liberdade. Aquela que considero minha melhor obra parece de novo estar destinada ao esquecimento...". (José Mojica Marins).

Imagine John Lennon, traz, entre outras coisas, a cena premonitória da invasão de sua casa por um fã. O documentário foi feito com base em informações do arquivo pessoal de Lennon e contou com a ajuda de Yoko Ono para levar aos fãs imagens inéditas de John.

27 março

Grande Othelo: sem carrão, piscina e big casa mas feliz

18 agosto

The Charles Bukowski Tapes (Barbet Schroeder)

Como preparativos para a filmagem de Barfly – feito a partir da obra, e com a benção direta de Charles Bukowski – o diretor Barbet Schroeder (francês, nascido em Teerã, em 1941) fez uma série de entrevistas com o escritor, sobre assuntos tão diversos como cidades, comida, política, sexo e, é claro, cinema, literatura e bebida. Fascinado com o resultado das conversas, que ele registrou em vídeo, num total de 15 horas de imagens, Schroeder editou esta longa fita, com quatro horas de entrevistas divididas em 11 capítulos (alguns títulos: “Estar só”, “Drogas versus álcool”, “Pernas”, “As massas estão sempre erradas”, “Minha ficha na polícia”). O momento culminante é uma discussão entre Bukowski e sua eterna musa, Linda, que termina com a namorada sendo expulsa a pontapés do sofá onde se desenrolam quase todas as conversas. Produzido e distribuído independentemente. Ana Maria Bahiana, Folha de S. Paulo, 18 ago./1988.

29 set.

Diretor de Limite diz que cinema brasileiro ‘tem potencial’

10 outubro

A cena que ninguém quis ver
(Carlos Menezes)

Hollywood em cartaz: William Desmond Taylor, depois de ser ator, se tornou um requisitado cineasta, trabalhando com as grandes estrelas da era do cinema mudo. Em 1917, ele se tornou presidente da Associação de Diretores e, em 1922, ganhou da Paramount sua própria unidade de produção dentro do estúdio. Em 22 de fevereiro do mesmo ano, seu corpo foi achado em sua mansão, um crime que permanece sem solução. Rumores indicavam, como suspeitas, duas atrizes, Mary Miles Minter e Mabel Normand, mas ninguém foi indiciado.
 
Hollywood, sua história, sua indústria cinematográfica e sua constelação de grandes astros, estrelas, diretores e roteiristas parece estar na ordem do dia. Depois de A cidade das redes, de Otto Friedrich, editado pela Companhia das Letras, e que figurou demoradamente nas listas de mais vendidos no Brasil, a Rocco está lançando o romance Elenco de assassinos (A cast of killers) do americano Sidney Kirkpatrick, uma história de sexo, violência, mistério e corrupção, que o Village Voice considerou "a melhor história real de um crime".

Tudo começou em 1967, quando o famoso diretor de cinema King Vidor pôs-se a escrever o roteiro de um filme sobre um crime nunca resolvido: a morte de William Desmond, um astro da década de 20. No centro da trama, a polícia de Los Angeles e as poderosas companhias cinematográficas da época. Vidor conseuiu desvendar a identidade do assassino, mas preferiu guardar para si a descoberta, e arquivou o projeto em segredo.

Já em 1983, Sidney Kirkpatrick, então um jovem professor na Califórnia, pesquisava material para escrever uma biografia de Vidor, quando, acidentalmente, localizou um cofre, numa das propriedades do velho diretor. Em seu interior, bem guardados, estavam alguns papéis extremamente comprometedores. Intrigado, dispôs-se a reconstituir a investigação iniciada por Vidor.

Para sua grande surpresa, verificou que a polícia de Los Angeles não interrogara os principais suspeitos do assassinato de Desmond, sendo que o primeiro laudo médico indicava morte natural, apesar de uma bala ter sido encontrada no cadáver.

Em "Elenco de assassinos", além de King Vidor, ansioso para vingar a morte de Desmond, são figuras importantes Mabel Normand, joven atriz viciada em drogas e a última pessoa a ver o ator com vida; Mary Males Winter, atriz cuja carreira foi arruinada ao encontrarem peças íntimas suas no local do crime; e Charlote Shelby, mãe de Mary e sua rival. Com este romance de estréia, já vendido para a Paramount fazer uma versão cinematográfica, Kirkpatrick mergulha, impiedosmente, na decadência de uma sociedade hipócrita e soluciona um mistério que Hollywood preferiu esquecer e enterrar para sempre.

Também tendo Hollywood com como cenário, a Brasiliense está lançando "Hollywood - Entrevistas", de Michel Ciment, com uma série de entrevistas e depoimentos de grandes cineastas com John Huston, Billy Wilder, Joseph Mankiewicz, Roman Polanski, Milos Forman e Win Wenders. Tradução de Elcio Fernandes, 380 páginas.

*O Globo, 10 out. / 1988. 

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William Desmond
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King Vidor 

18 outubro

John Huston, a vitória da tenacidade
(O Globo*)

"Acho miraculoso que tantos bons filmes sejam realizados atualmente, levando em conta aquilo em que se trasnformaram os estúdios. Não consigo entender como, sob tão maus auspicíos, se chegue a fazer coisas interessantes. Fora algumas exceções, tenha uma péssima opinião do sistema em seu conjunto. Entretanto, o talento continua florescendo. Perguntava-se, recentemente, a alguem se atualmente existiam atores que pudessem ser comparados aos da 'época de ouro', os Gary Cooper, os Clark Gable, e esse alguém respondeu, com razão, que é exatamente o contrário: esses antigos atores não podem ser comparados aos de hoje, os De Niro ou os Dustin Hoffman. São atores maravilhosos.

"Eu nunca me levei a sério como ator. Respeiro a profissão, mas sinto-me sem responsabilidade em relação à ela. É quase um prazer sensual para mim sentir-me a tal ponto irresponsável quando atuo. E, além disso, é maravilhoso ser pago para me divertir.

"Nunca gostei de Hollywood, do modo como se vive ali. Nos Estados Unidos existem coisas de que gosto, como o pôquer, mas no conjunto não me atraí. Levo uma vida maravilhosa no México. Aluguei dos índios uma enseada e eles a receberão de volta quando eu morrer. Banho-me em um mar tão salgado que o mais provável é ser transformado em estátua de sal do que me afogar nele. Além disso, este velho idiota adora remar em sua barca..."

*O Globo, 18 out. / 1988.

16 dezembro

Em uma hora foram vendidos os 800 ingressos para a última exibição no dia posterior no New York Film Museum, do documentário Ladies and Gentlemen: The Rolling Stones, um filme de “sexo e drogas”. O documentário foi financiado pelo próprio grupo e realizado em 1972 por Robert Frank, 63, considerado um dos maiores fotógrafos vivos - é dele as fotos ampliadas de um filme Super-8, utilizadas no Exile on Main Street. Entre as cenas polêmicas do filme, há uma relação sexual num jato em pleno ar e outra que mostra Keith Richards fazendo uso de drogas. Os Stones não gostaram do resultado por considerá-lo “desprezível e ridículo” e conseguiram proibir a exibição comercial do filme. Por duas vezes o diretor desafiou o grupo e exibiu o filme em universidades. A decisão de mostrá-lo pela última vez foi do próprio Frank.

Obituário

Morre a cantora, Linda Batista.

Morre o psicanalista, Hélio Pellegrino.

 7 março

Harris Glenn Milstead foi um ator, performer e cantor norte-americano, mais conhecido pelo personagem Divine.

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Divine as Lady Divine on the set of Multiple Maniacs. Photo by Lawrence Irvine

25 abril

Lygia Clark, 1920-1988

5 junho

Willys de Castro (1926-1988)

16 jun.

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Morre o quadrinista italiano Andrea Pazienza (1956-1988)

14 agosto 

"Roy Buchanan, conhecido como o melhor guitarrista desconhecido do mundo, mestre da Fender Telecaster, era parte importantíssima de qualquer publicação sobre grandes guitarristas no início dos anos 70. Roy deu uma parada na sua carreira e, quando parecia que ia voltar, aconteceu.

"Depois de uma briga familiar, foi preso em Reston, Virginia. Roy Buchanan foi encontrado morto numa cela da delegacia para onde foi levado, enforcado na própria camiseta. Sua morte é coberta de mistérios e muitos não acreditam na tese de suicídio. Tinha 48 anos de idade." Fonte: Wikipedia 

10 setembro

Joaquim Pedro de Andrade, “o árcade mineiro”, morre aos 56 anos. Diretor e autor do roteiro de "Macunaíma", (livro de Mário de Andrade, uma revisão do movimento de 22 com o contexto histórico dos anos 60), ao lado de "Vidas secas", (Nelson Pereira dos Anjos), "Deus e o diabo na terra do sol", "Macunaíma" é o filme mais celebrado do Cinema Novo no exterior. Em 1981, Joaquim Pedro de Andrade dirigiu "O homem do pau brasil", feito para quem não sabe nada de Oswald de Andrade e dedicado a Glauber Rocha.

22 dezembro

O seringueiro, sindicalista e ativista ambiental Francisco Alves Mendes Filho, mais conhecido como Chico Mendes é assassinado em Xapuri, Acre.

Em 22 de dezembro de 1988, o Brasil aguardava o assassinato mais esperado de todos os tempos: quem mataria Odete Roitman? Mas, enquanto todos os olhos se grudaram na tela da Globo, outra morte anunciada abalaria não só o Brasil como o resto do mundo: Chico Mendes é assassinado no quintal de sua casa, em Xapuri, com um tiro de escopeta.

 

 

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