Haiti: Carta aberta aos Estados Unidos, ONU e comunidade internacional

haiti-02

Transferir o poder para o povo haitiano
deve ser o principal objetivo
Tradução e adaptação: Antonio Celso Barbieri

Sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Carta aberta aos Estados Unidos, ONU e comunidade internacional

Nós, abaixo assinados, estamos ultrajados com os atrasos escandalosos para o fornecimento de ajuda às vítimas do terremoto acontecido no Haiti.

Como resultado da decisão dos Estados Unidos em acumular soldados estrangeiros em vez de distribuir suprimentos de emergência, um incontável número de seres humanos morreram sem necessidade. Nós exigimos que os comandantes norte americanos restituam imediatamente o controle executivo dos esforços de ajuda aos líderes haitianos e passem a ajudar e não à substituir os oficiais locais que eles alegam estar ajudando.

As preocupações obsessivas dos estrangeiros com segurança e violência são refutados pelos níveis de paciência e solidariedade encontrados nas ruas de Porto Príncipe.

Seguindo um padrão antigo, os Estados Unidos e a ONU continuam tratando o povo do Haiti e seus representantes de forma totalmente equivocada, com medo e desconfiança. Nós pedimos que os reais comandantes do Haiti (USA/ONU) façam todo o possível para reforçar a capacidade do povo haitiano para responder à esta crise.

Nós, conseqüentemente, exigimos que estas forças permitam que, Jean-Bertrand Aristide, seu mais popular e inspirador líder político, cujo partido ganhou 90% das cadeiras parlamentares nas últimas eleições democráticas, retorne imediatamente do exílio inconstitucional que ele foi confinado desde que os Estados Unidos, Canadá e França ajudaram a depor-lo em 2004.

Se a reconstrução continuar debaixo da supervisão das tropas estrangeiras e agências de desenvolvimento internacionais, ela não servirá aos interesses da maioria dos haitianos.

Nós solicitamos aos líderes da comunidade internacional que respeitem a soberania haitiana e que iniciem imediatamente uma reorientação da ajuda internacional, longe dos ajustamentos neoliberais, exploração de trabalhadores e caridades não governamentais e, voltado para investimento sistemático no governo e instituições públicas do Haiti. Nós exigimos que a França pague, imediatamente e de uma vez só, o total da dívida colossal que ela deve ao Haiti.

Acima de tudo, nos exigimos que a reconstrução do Haiti prossiga tendo em conta o objetivo principal que é dar poder político e econômico ao povo Haitiano.

Roger Annis Canadá Haiti Action Network,

Noam Chomsky MIT,

Brian Concannon Jr Institute for Justice and Democracy in Haiti,

Berthony Dupont Editor, Haiti Liberté,

Yves Engler Haiti Action Montreal,

Peter Hallward Middlesex University,

Pierre Labossiere Haiti Action Committee, USA,

Kevin Pina Journalist/film-maker,

Jean Saint Vil Canada Haiti Action Network

The Lancet denuncia a "industria" da ajuda no caos do Haiti
Asociation France Press (APF) 21 horas atrás

The Lancet denuncia a "industria" da ajuda no caos do Haiti
Agência de Notícias France Press (APF)
Tradução e adaptação: Antonio Celso Barbieri

PARIS — The Lancet, um dos lideres jornais médicos ingleses acusou as maiores organizações de caridade de exibirem orgulho corporativo e atender seus próprios interesses que, contribuíram para tumultuar os esforços de ajuda no Haiti.

"As organizações internacionais, governos nacionais e organizações não governamentais estão como devem, mobilizando-se mas, estão lutando e acotovelando-se para ganhar posições, cada uma, dizendo ter sido a melhor na ajuda aos sobreviventes do terremoto". Disse o jornal no seu editorial.

"Algumas agencias até proclamaram que elas são "a ponta de lança" do esforço de ajuda. Na verdade, como nós tão claramente podemos ver, a situação no Haiti é caótica, devastadora e tudo, menos coordenada."

O jornal não forneceu nomes mas elogiou "o trabalho excepcional e em circunstâncias muito difíceis" feito pelos médicos e trabalhadores que estão ajudando.

Mas, o jornal inglês disse que, "o setor de ajuda é em si uma industria" e, por pior que pareça, examinar os motivos e desempenho deste setor é justificável.

"As grandes agencias de caridade e organizações humanitárias geralmente são competitivas umas com as outras." Disse o jornal.

"Elas são poluídas por poderes políticos internos e possuem muitas das características condenáveis encontradas em muitas das grandes corporações e, por esta razão, podem ficar obcecadas por pedir dinheiro através dos seus próprios esforços e apelos."

"A cobertura da imprensa como um fim em si mesmo, é comumente o objetivo das suas atividades. Esforços de marketing e publicidade de marcas acabam recebendo atenção demasiada".

"Talvez o pior de tudo, é que os esforços de ajuda nas áreas afetadas são, às vezes, competitivos e com pouca colaboração entre as agencias, excluindo as pequenas agências de caridade, com base no povo, que podem ter melhores conexões nos países em questão e portanto, estar melhor preparadas para imediatamente implementar o socorro na área do desastre."

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