POR QUE JANE FONDA ESTÁ SENDO PRESA TODA SEXTA-FEIRA? (ÉPOCA)

Jane Fonda é presa pela 4ª semana seguida em manifestação pelo clima

https://tvefamosos.uol.com.br/noticias/redacao/2019/11/01/jane-fonda-e-presa-pela-4-semana-seguida-em-manifestacao-pelo-clima.htm

A atriz Jane Fona é presa pela quarta vez durante manifestações contra mudanças climáticas nos EUA 


 1 nov. / 2019 – A atriz Jane Fonda foi detida novamente hoje enquanto protestava junto de um grupo no Senado em Washington, nos Estados Unidos. É a quarta semana seguida em que a artista é presa durante manifestações por melhoria nas políticas climáticas. Ativista, Fonda lidera o movimento Fire Drill Fridays, que protesta todas as sextas pela causa.

No entanto, após a terceira prisão, a atriz receava que pudesse pegar mais de 99 dias presa caso fosse detida mais uma vez — e sair algemada era uma certeza que ela tinha antes mesmo de comparecer ao protesto de hoje. 

Em entrevista à Vulture, na quarta, ela disse que teria de comparecer a uma audiência — protocolo de praxe para quem já foi preso três vezes no país. Como a data ainda não foi definida, entendia que seria muito pior ser presa antes de passar pelo procedimento.

"Pode ser muito sério se eu for presa antes da minha audiência — o que, de fato acontecerá. então provavelmente serei presa (de vez) depois da audiência", contou à revista.

No protesto de hoje, fonda estava acompanhada das atrizes Rosanna Arquete e Catherine Keener; elas foram aplaudidas pelos presentes no local, que gritavam "Poder às crianças, poder às pessoas" e "Isso é como a democracia se parece", segundo o The Hollywood Reporter.

"Mulheres têm muitas das soluções para a crise climática", disse Fonda enquanto era algemada.  

50 anos desde que Jack Kerouac morreu

Um texto de Toinho Castro
Blooks Livraria / https://medium.com/blooks/50-anos-desde-que-jack-kerouac-morreu-c75533d9d4ed

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Jack Kerouac morreu há exatos 50 anos. O autor de On the road morreu da bebida alcoólica que já o consumia. Morreu solitário, amargurado e reacionário, cada vez mais para a direita e afastado dos antigos companheiros Beats… negando mesmo a linhagem Beat.

Vagou atravessando a América para lá e para cá, buscando alguma iluminação. Alimentou o mito de uma América movida a Jazz e automóveis. Nova York sobrenatural dos apartamentos sem calefação, como no verso de Allen Ginsberg em Uivo, seu amigo que escreveu no final do seu Sutra do Girassol:

E assim agarrei o duro esqueleto do girassol e o finquei a meu lado como um cetro, e faço meu sermão para minha alma, e também para a alma de Jack e para quem mais quiser me escutar.

– Nós não somos nossa pele de sujeira, nós não somos nossa horrorosa locomotiva sem imagem empoeirada e arrebentada, por dentro somos todos girassóis maravilhosos, nós somos abençoados por nosso próprio sêmen & dourados corpos peludos e nus da realização crescendo dentro dos loucos girassóis negros e formais ao pôr do sol, espreitados por nossos olhos à sombra da louca locomotiva do cais na visão do poente de latadas e colinas de Frisco sentados ao anoitecer.

Berkeley, 1955

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Escreveu atormentadamente, alucinadamente, como Dean Moriarty (ou neal Cassidy…) dirigiu nas estradas empoeiradas. No fluxo da consciência. Ler On the road é ouvir o barulho de trens, da falta de rumo, de norte, na grande noite americana.

Recordo de mim mesmo, na areia de uma praia no Nordeste do Brasil, mergulhado na leitura de On the road, numa edição da Brasiliense, coleção Circo de Letras… quantos livros incríveis li dessa coleção! Lembro dessa porta do universo Beat que me levou às estradas que o novo Buda da prosa americana, nas palavras da dedicatória de Ginsberg (novamente) à Kerouac em Uivo, trilhou mas também ao próprio Allen Ginsberg e sua poesia, a Lawrence Ferlinghetti, William Burroughs e outros nomes espalhados e misturados, como numa história em quadrinhos.
E a fonte Beat que jorrou de Kerouac e sua prosa não cessou, jamais. Outro dia esbarrei num livro sobre a presença feminina no movimento e de como esta foi obscurecida, apagada. E realmente, lendo tudo que as mulheres são acessórias. Joan Burroughs, morta por William Burroughs numa “brincadeira” sem graça de atirar numa maça sobre a cabeça, é um fantasma num poema de Ginsberg. Em Kerouac elas estão pelas salas, pelas casas, ou a reboque, acessórias. Anote aí, Memórias de uma Beatnik“, da escritora e poeta Diane di Prima. Fim de uma injustiça.
Eram os tempos, o contexto, etc. Mas são outros os tempos e com isso descobrimos, nós, os de olhos vendados, um novo mundo descortinado sobre os beatniks.

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Hoje, 21 de outubro, são 50 anos em que a voz atordoada de Jack Kerouac assombra livros e memórias, uma voz que acendeu muitas lâmpadas na noite de pessoas como eu. Lâmpadas que ainda seguem acesas. Talvez o velho fantasma de Jack vague ainda pelas estradas de uma América muito diferente daquela que ele conheceu. Ainda mais perdido. Não sei o que está gravado em sua lápide (ainda que pudesse agora mesmo procurar no Google. Prefiro não). On the road lhe cairia bem.

ALERTA DE SPOILER

Último parágrafo de On the road

Assim na América quando o sol se põe e eu sento no velho e arruinado cais do rio olhando os longos, longos céus acima de Nova Jersey e sinto toda aquela vastidão até a Costa Oeste, toda aquela estrada seguindo em frente, todas as pessoas sonhando naquela imensidão, e no Iowa eu sei que agora a estrela do entardecer deve estar morrendo e irradiando sua pálida cintilância sobre a pradaria antes da chegada da noite completa que abençoa a terra, escurece todos os rios, recobre os picos no oeste e oculta a derradeira e última praia e ninguém, simplesmente ninguém sabe o que vai acontecer a qualquer pessoa além dos desamparados andrajos da velhice, eu penso em Dean Moriarty, penso até no Velho Dean Moriarty o pai que jamais encontramos, e penso em Dean Moriarty, eu penso em Dean Moriarty

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CINCO INÉDITAS DE LOU REED VÊM À TONA APÓS 40 ANOS, EM DISCO DE NILS LOFGREN, GUITARRISTA DE BRUCE SPRINGSTEEN E NEIL YOUNG

Entretenimento

Por Redação / https://reverb.com.br/artigo/cinco-ineditas-de-lou-reed-vem-a-tona-apos-40-anos-em-disco-de-nils-lofgren-guitarrista-de-bruce-springsteen-e-neil-young

 30 out. / 2019 – Nils Lofgren, de 68 anos, é um guitarrista mundialmente conhecido por tocar na E Street Band de Bruce Springsteen, na All Starr Band, do ex-Beatle Ringo Starr, e no álbum After the Gold Rush (1970), de Neil Young. Como se não bastasse trabalhar ao lado dos caras mais respeitados do rock n' roll, ele também tem um carreira solo bem-sucedida, apesar de não tanto conhecida. Mas, desde abril deste ano, os ventos andam anunciando mudanças, afinal, não é todo dia que um artista lança um disco com canções escritas com Lou Reed (1942-2013) há 40 anos. Este privilégio é para poucos.

Blue With Lou, lançado em 26 de abril de 2019, é um álbum de 12 faixas, das quais cinco são de parcerias entre Nils e Lou que ficaram mais de quarenta anos engavetadas. Em 1978, os dois se juntaram para compor e desse encontro nasceram 13 canções. Três delas estão em The Bells, álbum de Lou Reed de 1979. Outras três estão em Nils, também de 1979.

Em 1995 e 2002, o guitarrista gravou mais duas canções da parceria, restando, efetivamente, cinco faixas. Elas pegaram poeira durante muitos anos antes de, finalmente, virem a luz do sol. "Sempre esperei que Lou me ligasse para que a gente terminasse o resto das músicas. Mas obviamente isso não aconteceu, pois ele faleceu em 2013", disse Nils ao site da revista "Guitar World".

Blue with Lou foi produzido em dois anos, mas boa parte das músicas foi pensada há 41 anos. Talvez, por isso, Nils tenha ficado com tantas referências da época na cabeça, como Elvis Presley (1935-1977), Ray Charles (1930-2004) e Ricky Nelson (1940-1985).

Quem apresentou Nils a Lou foi o produtor Bob Ezrin. Eles começaram a trocar fitas cassete e, um belo, dia Lou ligou para Nils às 4h30min com todos os ajustes que havia feito. "Esse trabalho caiu como uma luva para ele, que na época estava em busca de inspirações", declarou o guitarrista, que não tem uma canção favorita de Blue With Lou. "Estou feliz que, finalmente, o disco esteja disponível para todos."

Falando sobre seus projetos paralelos, além da carreira solo e do trabalho na banda de Bruce Springsteen, Nils disse que se sente "honrado e inspirado" de ter a oportunidade de tocar com Ringo Starr e Neil Young. "Isso me permite voltar revigorado para meu próprio trabalho solo", garantiu ele, uma fã de rock n' roll graças aos Beatles, e da guitarra Stratocaster, da Fender.

 
POR QUE JANE FONDA ESTÁ SENDO PRESA TODA SEXTA-FEIRA?

Inspirada pela ativista adolescente Greta Thunberg, atriz decidiu passar uma temporada em Washington para protestar contra o aquecimento global
Época, com agências internacionais - https://epoca.globo.com/por-que-jane-fonda-esta-sendo-presa-toda-sexta-feira-24046255

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A atriz Jane Fonda mostra as algemas, após se presa durante um protesto em Wahington, no dia 18 de outubro Foto: SARAH SILBIGER / REUTERS
 
 28 out. / 2019 – Na sexta-feira passada, Jane Fonda receberia o Troféu Stanley Kubrick por excelência no cinema, na celebração anual do BAFTA LA, no Beverly Hilton.

Mais cedo, no entanto, ela havia sido presa pela terceira vez , em Washington D.C., em meio a protestos por políticas públicas mais duras contra as mudanças climáticas.

Estava claro, portanto, que ela não estaria presente no evento. Mas o público não poderia esperar que haveria sim um discurso de agradecimento.

"Estou muito honrada. Eu nem acredito. Estou muito grata. É emocionante e lamento não estar aí, mas como vocês já devem ter ouvido falar, eu fui presa ”, disse a atriz, numa mensagem em vídeo exibida num telão. “Decidi que precisava agir mais em relação às mudanças climáticas. Então, me mudei para Washington por quatro meses, para aumentar o senso de urgência em torno do que está acontecendo.”

Mas que protestos são esses? Tudo começou no dia 11 de outubro. Naquela sexta-feira, uma multidão se reuniu em frente ao Congresso americano para exigir medidas do governo em defesa do meio ambiente e contra as mudanças climáticas. Após dez minutos de protestos, 16 manifestantes foram presos pela polícia do Capitólio, entre eles ninguém menos que Jane Fonda. E quem deu a notícia foi a própria atriz de 81 anos, em sua página no Facebook.

O casaco vermelho intenso deixava claro que Fonda não estava ali para protestar com discrição. Saudada pelos manifestantes, ela foi levada pela polícia, com algemas (de plástico) que mostrava orgulhosa. Abaixo, explicamos o que está por trás de toda essa história.

QUAL O MOTIVO DA PRISÃO?
Segundo a polícia, os 16 manifestantes foram acusados de "manifestação ilegal", uma contravenção no estado de Washington, onde é proibido obstruir a entrada de prédios públicos.

Pouco antes de ser detida, Fonda discursava contra a "crise provocada pelo homem" e dizia que voltaria ao Capitólio "toda sexta-feira às 11h, chova ou faça sol, ou neve, ou caia uma tempestade, ou o que for". E voltou nos 18 e 25 e foi presa novamente pelo mesmo motivo.

QUAL A MOTIVAÇÃO DE JANE FONDA?
Dias antes ela já havia declarado ao "Los Angeles Times" que se mudaria para Washington por quatro meses para apoiar os protestos contra o aquecimento global. Na entrevista, ela citava como inspiração a adolescente sueca e ativista Greta Thunberg.

Na manifestação, ela também disse ter se inspirado com a leitura do livro On Fire: The (Burning) case for a Green New Deal, de Naomi Klein, um dos mais vendidos do ano nos EUA (voltaremos a falar do Green New Deal logo abaixo).

As mudanças no clima viraram um tema de destaque na política americana, especialmente por parte do Partido Democrata, com o qual a atriz tem uma antiga ligação. Vários candidatos democratas à corrida presidencial em 2020 lançaram ambiciosas plataformas de ação climática.

"Temos que garantir que a crise climática permanceça no centro das discussões", disse Fonda. "Senti que não estava fazendo o bastante."

E QUE PROTESTOS SÃO ESSES?
Segundo Fonda, o grupo de manifestantes pretendem persuadir os congressistas a apoiar o Green New Deal, conjunto de iniciativas propostas pela deputada Alexandria Ocasio-Cortez (Democrata de Nova York) pra que os EUA tenham uma economia de carbono-zero até 2050.

Os manifestantes também pretendem pressionar o Congresso para pôr um fim à exploração de combustíveis fósseis e "eliminar gradualmente" toda a infraestrutura por trás dessa forma de geração de energia, disse a atriz. Ela argumenta ainda que os trabalhadores da indústria de combustíveis fósseis podem encontrar empregos comparáveis no setor de energia renovável.

“A mesma ideologia tóxica que tomou esta terra de pessoas que já moravam aqui, sequestrou pessoas da África, transformando-as em escravos para trabalhar nessa terra roubada, também derrubou as florestas e exauriu o mundo natural, como fez com as pessoas. Essa ideologia é a mesma que gerou essas mudanças climáticas feitas pelo humana que estamos enfrentando hoje ”, discursou.

JANE FONDA TEM HISTÓRICO DE PROTESTOS?
Muito. A atriz é uma conhecida ativista de causas liberais desde os anos 1960. Na época, ela apoiava os Panteras Negras e foi uma das vozes mais ativas contra a Guerra do Vietnã. Em 1972, visitou o norte do país asiático, pedindo para pilotos americanos pararem os bombardeios.

JANE FONDA PODE IR PARA A CADEIA?
Se for condenada por manifestação ilegal, pela legilslação americana, ela pode receber uma multa de US$ 250 ou pegar até 90 dias de prisão.

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