O Dia Messiânico de Mário Pazcheco: Quando o Rock'n'Roll o Transformou em Superstar (2024)

27 de Março: 64 Anos de Renato Russo - Celebrando o Dia do Rock Brasiliense

por mário pazcheco

Finalmente, aquele momento pelo qual esperei a vida toda se revelou.  O antigo "Galpãozinho" agora "Espaço Renato Russo" na 508 Sul representam dois lados de uma mesma avenida. "Galpãozinho" era o refúgio quando éramos estudantes e desempregados. Agora, 40 anos depois, renomeado para "Renato Russo", ontem o amplo espaço se tornou um palco de peregrinação para mais de 300 almas sedentas por rock'n'roll e por um reconhecimento capaz de curar todas as feridas na alma.

Lá encontrei Alberto Barbosa, o baixista da banda "Disgrace". Tive uma boa conversa com Gilmar, o conselheiro de cultura do Gama que testemunhou meus primeiros passos nessa jornada pelo rock'n'roll, e avistei Révero Frank, da mesma área, ao lado de Porfírio.

Eu via minha pupila refletida nos pares de olhos de centenas de pessoas. Cláudio, que é auditor, veio direto do trabalho para tirar uma foto comigo, enquanto "Alemão" foi bastante amigável ao me elogiar. O clima era cordial e acolhedor. Macarius estava lá com sua banquinha de exposição de memorabilia do rock de Brasília. Ele acabou ficando desapontado no final, ao recolher seus pertences e perceber que estava faltando um CD importante para o seu acervo.

Na véspera, alguém me perguntou se eu participaria da mesa de explanação do evento. Achei totalmente improvável. Apesar de me informarem que cerca de 300 indivíduos seriam agraciados com menções honrosas por seu desempenho e dedicação. Também me disseram que Dona Carminha, mãe de Júnior, e Carmen, irmã de Júnior, estariam ao lado de Felipe Seabra, da Plebe Rude, no centro das atenções.

 O que sei é que 28 de março também marca o aniversário da cantora Célia Porto, e ninguém da mesa de apresentações mencionou o fato. Além disso, a doce cantora Mariana Camelo me convidou para seu show com banda no Guará, no sábado, depois de cantar o "Hino Nacional". No setor de "baixarias", uma brincadeira com os baixistas, fiz uma foto ao lado de Célio de Moraes e Bil, do Detrito Federal. Ainda troquei breves palavras com Bosco, guitarrista do Detrito Federal, que estava com febre devido à Dengue. Também ouvi de Cida Carvalho que nossa amizade era rara e antiga.

Rosana Sarkis capturou uma foto onde estou ao lado do querido Bruno Z. Enquanto isso, na beira do palco, o vocalista Tadeu gritava que o guitarrista "Fejão" também merecia uma placa de reconhecimento. Hamilton Zen, magneticamente ligado aos acontecimentos da mesa, acompanhava, filmando e fotografando, feliz por saber que um membro da cultura da satélite Guará estava representando aquela massa decididamente reconhecida por ser um celeiro de produtores, artistas e atividades.

Como acabei nisso tudo? Vídeos produzidos pela ZoomMusic, com o quase sósia Edson Salazar, e um documentário sobre a atividade cultural do Guará, realizado por Eliza e Werry, colocaram minha imagem em destaque no anfiteatro da Câmara Legislativa e no Centro de Convenções. Se tudo é imagem, na entrada do Espaço Renato Russo, dei de cara com o cineasta paraibano Vladimir Carvalho, e foi uma festa. O homem da carrocinha de pipocas deixou sua carrocinha nas mãos de Vladimir, e fizemos uma foto juntos, debaixo de um guarda-chuva.

Já participei de mesas redondas em diversos lugares marcantes: no auditório do antigo IDHAB, outra no Teatro dos Bancários, onde concedemos o prêmio Cidadão de Brasília post mortem a Renato Russo. Recebi a comenda do Festival Ferrock na Ceilândia, e outra mesa importante sobre os primórdios do rock brasiliense aconteceu no campus da UnB, na Ceilândia. Mas a mesa mais memorável foi com o cantor Serguei, no América Rock Club, comandada pela DJ Eliane de Castro, que discotecou ontem.

Em um momento rápido, chamaram meu nome para compor a mesa diretora do evento. Para minha surpresa, eu estava ao lado do mestre do cinema do cerrado, Vladimir Carvalho.

Curto e grosso

"O Rock Brasília começa com 'Aborto Eletrico', uma resposta violenta à repressão policial. Essa é a cara do Rock Brasília. Boa noite. A festa continua." 

Meu discurso de 30 segundos foi uma pílula de destruição e teve um impacto firme, como evidenciado pela reação animada da plateia: alguém exclamou "curto e grosso".

Algumas pessoas, ao saírem da sala, confirmaram que o que eu havia dito sobre o rock de Brasília estava correto. Outras me pediram o endereço do site do Próprio Bolso para poderem divulgar suas produções da satélite São Sebastião.

"Do seu discurso, eu lembro a força, a emoção impregnada nas palavras e a reação da plateia. dos outros né  tanto. rs" (MARINA)

O que absorvi de toda essa experiência? A genuinidade e a calorosa acolhida são essenciais e maravilhosamente sinceras. Foi uma experiência radical para mim, foi como dar um passo na lua. E como mencionei no início da minha fala: "Agradeço a todos vocês por me proporcionarem esta oportunidade". Entenda-se que "vocês" são os nomes de Marco Gomes, Geldo, João Paulo Mancha e toda a equipe do Setorial Cultura Rock.

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Mais do que uma realização pessoal ou ser um mensageiro messiânico da contracultura, encontrar um significado existencial para minha família na pessoa do meu filho Virgílio e na minha companheira Marizan foi essencial.

 

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