Contracultura em soft (2012)

Contracultura em soft
(Mário Pazcheco)

Nostálgicos da década de 60, mais uma novidade. A Compton’s trouxe no final de julho de 1995, o programa em CD "Haight-Ashbury in the Sixties!" (R$56).

O programa trazia dois CD, que podiam ser usados em computadores com Windows ou no Macintosh, da Apple.

A tela de abertura captava as imagens lisérgicas que caracterizaram os anos 60. Recheado de músicas, vídeos e entrevistas, o CD permite que o interessado passeie por telas e encontre cartazes e pôsteres que dominaram essa década, por introduzirem valores gráficos.

O passeio pelas telas remete à época em as imagens traçavam um panorama do quadro político dos 60, no qual se fundem fotografias de passeatas das lutas pelos direitos civis e contra a Guerra do Vietnã, pelos direitos das minorias e pela legalização da maconha.

As imagens das colagens presentes no CD mostram a influência da Op Art, uma corrente das artes plásticas que atraiu vários artistas.

Todas as imagens reproduzidas no CD, que fogem do contexto da realidade, estavam dentro de uma das propostas de ampliar as fronteiras da percepção.

Timothy Leary, que alçou notoriedade por ser defensor e ideólogo do LSD, forneceu seu depoimento. Imagens em vídeo de grupos ingerindo ácido também fazem parte do programa.

As referências musicais passam pelo San Francisco Sound - The Jefferson Airplane e Big Brother and Holding Co., com Janis Joplin.

O escritor William Burroughs, e o poeta Allen Ginsberg também fornecem entrevistas e falam sobre a época. Ginsberg é uma referência capital pois pertenceu ao grupo de escritores Beat que desde a década de 50 questionavam na sua produção valores tradicionais dos Estados Unidos.

Talvez por questões legais o CD "Haight-Ashbury in the Sixties!" seja negligente quanto a presença de Robert Crumb, papa do quadrinho de contestação, criador dos psicodélicos Freak Brothers que transbordavam de humor e participavam como figuras de admirável significado na luta da juventude e da marginalidade, do anarquismo insuspeito, contra a sociedade repressiva ocidental. Crumb deu início aos quadrinhos underground quando distribuia exemplares da sua revista Zap Comix pelas ruas de San Francisco. A partir dela e seguindo seu exemplo milhares de outras revistas surgiram dentro e fora dos Estados Unidos. Crumb também adaptou para os quadrinhos os versos clássicos de Purple Haze, tendo Hendrix como protagonista, sem soar como homenagem e sim como testemunho do limbo do drogado.

O segundo CD traz um jogo para avançar de casa em casa com cartas.

 

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