Com 3,5 mil pessoas, Goiânia Noise Festival é vitrine de bandas no meio do Brasil

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Com 3,5 mil pessoas, Goiânia Noise Festival é vitrine de bandas no meio do Brasil

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OSMAR PORTILHO (direto de Goiânia)

Mais do que um punhado de bandas se revezando em palcos: um festival onde o público se interessa por novos nomes e os grupos interagem, assistem uns aos outros e curtem as apresentações dos colegas.

Com 49 apresentações em dois palcos entre os dias 6 e 8 de dezembro, o Goiânia Noise Festival realizou sua 19ª edição no Martim Cererê e recebeu um público total de 3,5 mil pessoas.

Neste ano, o evento trouxe alguns figurões do underground, como os escoceses do The Exploited, Marcelo Gross (Cachorro Grande), Krisiun, Alf e Mixhell.

No entanto, a cultura do festival funciona mais de acordo com o que nossa utopia musical propõe. O público chega mais cedo para conhecer as bandas novas e os músicos usam esses dias como espaço de interação. Em São Paulo, é comum ver uma banda deixar o palco, guardar seus instrumentos e fugir do local como o diabo foge da cruz.

Em Goiânia, o vocalista de uma banda que tocou no primeiro dia é visto no bate-cabeça do segundo e terceiro dia. Integrantes deixam o palco, conversam com os colegas e partem para o corpo a corpo com o público, vendem seu peixe e curtem a música. Assim se cria uma cena. Um movimento.

Entre essas 49 bandas, escolhi os cinco shows que mais me surpreenderam:

THE BAGGIOS (SE) – Talvez o melhor show de todo o festival. Sendo este grupo um duo formado por guitarra e bateria, a comparação com White Stripes e Black Keys é inevitável, mas também injusta. A química entre Julio Andrade (guitarra e voz) e Gabriel Carvalho (bateria) é irretocável. Ao primeiro olhar, notamos apenas o blues rock, mas uma audição mais atenta nos leva a timbres de mais música negra e até um pouco de jovem guarda. O passeio por gêneros e a competência instrumental – leia-se também a voz -, faz com que a sonoridade deste duo beba de um leque grande demais para ser mensurado.

GALINHA PRETA (DF) - Loucura total. O grupo liderado pelo carismático Frango Kaos fez um dos shows mais cheios do último dia. A banda aposta em um hardcore propositadamente tosco e promove hits instantâneos como O Padre Baloeiro, Roubaram o Meu Rim e AEIOU. Refrões fáceis e engraçados caem facilmente no gosto do público, que por sua vez devolveu um bate-cabeça respeitável. Esta é uma apresentação onde a catarse do público se torna a verdadeira atração. Palco e pista viram um só.

FUZZLY (MT) - Já faz tempo que Cuiabá se tornou referência quando se fala de música pesada. O power trio Fuzzly, juntos desde 2001, tem tudo para estar em destaque na próxima safra de bandas locais. O baixo distorcido de Michael Ojeda dá o peso necessário para riffs certeiros e igualmente pesados do guitarrista Dark João. Enquanto isso, Rafael Arruda marreta as baterias. Com timbres que lembram Queens of the Stone Age e Kyuss, o trio tem essa levada stoner. A parte vocal não salta aos olhos, considerando ainda que o instrumental rouba toda a atenção.

RESSONÂNCIA MÓRFICA (GO) – O quarteto nasceu em Manaus e atualmente está radicado em Goiânia. A banda se denomina como “death grind honesto”, mas entrega muito mais que isso. Peso, muito peso. O quarteto consegue levar texturas e uma empolgação tremenda. O enfurecido Marcos Campos tem um leque interessantes nos gritos, dominando os guturais com tranquilidade. Talvez o bate-cabeça mais nervoso que rolou no Goiânia Noise.

MECHANICS (GO) – Outra banda da casa. O Mechanics também encheu o teatro do Martim Cererê e usou muita presença de palco e peso para empolgar o público. O vocalista Márcio Jr. jogou seu pedestal pro alto, gritou, pulou e não economizou na hora de chamar o público para o show. A resposta foi um bate-cabeça fervoroso.

Leia mais:

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O Terra viajou a convite do Goiânia Noise Festival.

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