DURANGOS DA AMÉRICA: GENEALOGIA DE UMA BANDA DO ROCK BRASÍLIA (2013)

Durangos da América: genealogia de uma banda do rock Brasília

 

Pedalando na máquina do tempo ... com Mário Pazcheco

set list

01. "Tempo Estranho" / 02 - "Agonia" / 03 - "Crueldade Crua" / 04 - "Ecologia dos Homens" / 05 - Êxito (Procura) / 06 - "A Vida Aqui É Isso" / 07 - "Medo à toa"
08 - "Luta" / 09 - "Horizonte Oculto" / 10 - "Máquinas do Tempo"

O nome Durangos da América poderia ser título de uma chanchada. Estrelada por apelidos de famílias tais como Ferraz ou Costa. Só que na zorra do rock, Durango da América algumas vezes grafados como D’America era um trio de rock do Guará.

Em Brasília, no final da década de 80. No início da vida adulta, entrosamento e conhecimento social e novas amizades eram coisas complicadas. Morando no Guará 2, conheci Celso, Miro e Sérgio, em Taguatinga, na VI Faculta cuja produção cultural estava nas mãos do Fernandez Rolla Pedra. Para meu espanto, os meninos moravam no Guará I.

A Primeira Faculta em 1982, revelou o jovem talento de um letrista e violonista já conhecido como Renato Russo. Seis anos depois na edição de 1988, tomaram o palco além dos Durangos da América, as seguintes bandas: Bagagem Clandestina, Seres, Sorriso Oculto, Argumento Z, Afrodizia, Rochas, 5 Generais, Fama, Pânico, Peter Perfeito, Falange, Núcleo de Custódia, Saída Sul, SOS, Torino, Biônica e Elffus. É claro que ficávamos sabendo dos nomes lendo o jornal e debatendo qual era o mais bandeiroso da semana.

Durangos da América destacaram-se na mídia impressa via Correio Braziliense e em vários shows pela capital. E também por terem participado das primeiras sessões de gravação no Zen Studio.

Porém o nome Durangos da América virou manchete quando o bar Bom Demais foi vilmente invadido durante o Rock Verão por um pelotão de 30 policiais militares da Rocam. O cenário noturno do bar e os instrumentos do palco pequeno cederam lugar a ação das espingardas, revólveres, cassetetes e o poder da persuasão da opressão. A empresária Cristina Roberto resistiu e exigiu o mandado judicial. Pedido que acirrou os ânimos.

Apresentaram além dos Durangos da América, Beta Pictoris e Baseados do Rock, o nome desta última banda teria incentivado a batida militar. O ápice da confusão foi quando um pé de bota abriu o estojo do contrabaixista dos Durangos. Ele reagiu empurrando o militar por não ter pedido licença para o baculejo. E foram ouvidas as velhas palavras de ordem “mãos na cabeça” e “todos contra a parede”.

O bicho pegou para os menores que desceram para a delegacia nas kombis da Rocam. A partir daquele dia tivemos que andar com todos os documentos em dia até título de eleitor. Lógico que existiam atalhos e dava para perceber que a coisa iria pegar. Era só sair pelos fundos e descer uma parada, mas ninguém arredou pé da atmosfera inebriante e íntima da casa noturna que era responsável pelo seu sucesso.

No dia seguinte nos reuníamos para o debate semanal dos fatos rock. Tuca Maia, o baixista desempregado do rock. Fazia cara de espanto, segurava o queixo com a mão e abria uma gargalhada acompanhada da exclamação Ahhhh! Essa era a manifestação de acinte diante do apetite voraz por confusões e da barbárie institucionalizada.

Há muito as coisas já não eram doces e beiravam o azedo. Os Durangos da América ocuparam outros espaços culturais como o Point Pomtekim do Lincon.

durangos

Hoje! Durangos da América é a mais longeva banda de rock em atividade do Guará, um quarteto que toca em festas no DF e outras capitais. O mais jovem é um quarto irmão, Betto Battera!

 

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