Livros para "a massa" (2022)

livros revistas

"Felizes aqueles que descobriram, nas páginas dos livros, as respostas para suas próprias vidas. Não de um jeito automático, 'Li isso e mudei'. Mas descobrindo como é bom conhecer pessoas que possam via a ser amigas... viajar por outros mundos, ver nossos sentimentos mais escondidos, assim colocados no papel. Se nós, escritores, somos o instrumento para essa comunhão, temos de agradecer a isso. E torcer para que, sempre, possamos dividir com vocês esses mundos que arrancamos da imaginação." (Marcia Kupstas)

Livros para "a massa"

Literatura é arte e a leitura em qualquer nível é sempre positivo e bem-vindo. No início, os gibis foram distribuídos na Altas Habilidades, do Guará. Depois de 2015, comecei a encher o guarda-roupas do Natanel com gibis. Parecia que não mais liam ou trocavam gibis, só as feiras.
Os livros passaram a ser distribuídos entre o pessoal da limpeza, enviados a condomínios em cidades distantes ou para uma pequena parcela de colegas que poderiam ler na bancada, durante  intervalos.

Desconfiava de que as pessoas estavam mais interessadas em dinheiro ou em pedir votos.
Conhecia projetos como a Mala Do Livro e a Geladeira Cultural, eram bons, mas não o suficiente para escoar os livros. Me doía ver livros mal-tratados em paradas de ônibus ou com as páginas arrancadas. E o tipo de livro distribuído era pobre de histórias.
Alguns livros foram distribuídos no Conic, no Dulcina, o incômodo prosseguia aquele ainda não era o público alvo.
Foi quando conversei com o Félix, um amigo de seção e ele passou a distribuir os livros em viagens de coletivo entre Valparaíso/Céu Azul ou Valparaíso/Pacaembu. O também servidor, Noel aderiu à ideia e passou a distribuir os livros na linha 502 para Sobradinho. No primeiro mês, foram distribuídos, cerca de 200 livros, de várias linhas e frentes...
– Moço têm mais livros?
– Dona Maria, amanhã trago mais...
Este diálogo mostra como é gratificante.
Os livros são oriundos de doações ou duplicatas ou ainda um descarte de biblioteca. Agradeço aos doadores. Os livros voam para além da imaginação.
Machado De Assis é o autor brasileiro mais distribuído. Hão os biscoitos finos de Oswald De Andrade. E também exemplares de Harry Potter, uma festa.

O povo é muito doido, nestas distribuições, certa vez, ouvi:

– Não tem o Livro de São Cipriano?
– Este. Ainda não jogaram na mão!

"Eu fiquei assombrado, ainda criança, lendo o livro de São Cipriano. Hoje acho graça do medo infantil. E me divertiria relendo as 'receitas de feitiço' do tal 'santo'..." (Tomaz André)

De uma doação, vieram cerca de 500 livros em duplicatas. E foi um longo período para desovar os livros. As pessoas próximas fugiam das ofertas. Ilustrou-se a ideia de distribuir os livros nos ônibus. Falaram até com os coordenadores dos terminais para eles mesmos despacharem os livros. Acho que foi revolucionário. No Japão, fizeram uma pesquisa por que os brasileiros não liam no metrô? É porque eles não encontravam livros. E assim, as editoras nipônicas passaram a editar livros em português.

Temos mais duas caixas para serem distribuídas. Recebemos uma leva de ótimos livros e apostilas de ensino. Será o material a ser distribuído até o fim do ano.

Ney Matogrosso quando terminava de ler, recolhia os livros dentro das gavetas do quartos de hotel para que as arrumadeiras lessem.  Você que não tem apego aos livros, doe, passe adiante. Acredite é a ação mais anarquista, lógico se você gostar de ler na contramão. Inclusive influenciamos pessoas a darem livros no dia de seus aniversários.

pacaembu

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