Caetano vá tomar no monossílabo!

Cérebro ou vegetal!
Caetano vá tomar no monossílabo! 
(Sentença proferida por Tom Zé no seu show mais recente)

Quando deixaremos a poesia tornar úmido o seco prosaico?


"Quando deixaremos o amadorismo?" Quanta coisa pode ser extraída sobre um texto e um narrador que iniciam assim suas ilações fabuladoras e fabulosas.
Quanta coisa! Quando deixaremos de ser armadores para sermos médio-voltantes? Futebol com a mão antes, com os pés depois; cinema com os olhos antes, depois os olhos são também cérebro, mente: e mentir no cinema é quase tudo, lembremos de "F for fake" e de outras Fakes de Welles, o monstro do lago kínimes!


Um jornalista terminou, certa vez, um texto com a seguinte expressão: "A que ponto chegamos!". Outro escritor terminou dizendo que não existia um empenho em alavancar o país, mas sim uma "luta pelo poder". Esta última é ingênua por achar que algum dia o bem esteve separado do mal como o óleo da água, mas a primeira.... Ah! A primeira pérola jornalística: "A que ponto chegamos!". É tão doloroso quanto comum ver essa amálgama de senso comum e presumida erudição que se espalha pelas folhas de papel barato e pelas páginas de vidro da internet. Doloroso, comum, divertido e, creia, leitor, instrutivo.


O que há em comum entre as duas sentenças: "Quando deixaremos o amadorismo?" versus "A que ponto chegamos!". O que há, ai, nessa dupla termodinâmica da informação,  de semelhança?


O senso comum. Não o non sense, não o bom senso, nem mesmo o espírito científico, ou o espírito de porco pura e simplesmente estão à solta, mas um espírito muito mais maligno: o espírito de corpo. Quão pobre é um texto que termina com uma sentença tão "esgarçada", gasta, besta, traça!


Tentarei ser mais direto: não existiu nunca um ponto diferente de onde tenha partido ou por onde tenha chegado a humanidade. O jornalista falava da violência contras os jornalistas que cobrem os fatos violentos do Rio de Janeiro. A crítica de cinema cometeu o mesmo tipo de auto-sentença: ora!
Porque perguntar quando, já que somos, seremos e sempre fomos. "[...] fizemos foi carnaval!". Não há "ponto" a chegar no futuro, não há tempo emque deixaremos de ser amadores ou profissionais.


Iniciar um ataque com uma pergunta dessas não pode ser estupidez. Pois esses pontos e quandos estão tão, tão, tão, passados, repassados, mal passados que nem mesmo o espírito de porco da estupidez os explica: por trás desses toscos alinhavos de pontos e quandos. Apenas um senso se insinua  nessas expressões sinistras, um espírito apenas: o ordinário espírito de corpo! (Ver Vilem Flusser).

Me passa o "brifing" que eu passo o FERRO! abração do  ATRAVESsanDrO Alves

Sandro Alves Silveira
(escreve p/ dopróprioBol$o às vezes às sextas-feiras)

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