Na paz! Com Cláudia Reitberger: a Mônica, do Renato Russo (2021)

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O adeus à rainha

No bom tempo do meu mundo beatle, ela imperava, era o espelho e eu o gato de Cláudia. Ela foi a jornalista que mais me aproximou de John Lennon e cujo nome de redação, não poderia deixar de reverenciar, o ídolo, Cláudia “Lennon”. Eu acho que sem desmerecer Robson “Jagger”, todos os meninos que assinavam o fanzine Yellow Submarine eram apaixadonados pela redatora, cujo nome real, eu sabia devido aos dados bancários.

Seguimos, regredimos e reatamos. Mantemos este círculo até 1996, durante a morte de Renato Russo, ela me deu uma das aulas de jornalismo da mais importantes.

– A fonte? A mão do artista.

Mas voltando à magia dos anos 80, Cláudia fez um fanzine feminista dos Beatles. Sua publicação colossal continha design dos anos 60. Enciclopédico, lindo, desvairado, maravilhoso. Ao receber o jornazão de tamanho família, eu entrava em órbita naquela cápsula de veiculação de LSD, colírio para os olhos famintos.

Sei que ela me admirava, por eu nunca ter abandonado o barco do rock.

É claro que declarei sua influência poderosa sob o meu trabalho. E como bons loucos, acho que nos falamos apenas uma vez, longamente por telefone. Quando algum amigo voltava do Rio, e conhecia a Cláudia. Eu pedia que ele a decrevesse para meu deleite.

De suas cartas, a grafia graciosa daquela pessoa delicada, iluminava a minha realidade opaca.

Cláudia Reitberger, valsava em traduções do inglês ao alemão para o português. Curtia a ainda estranha poesia de Leminski. Não havia um território lírico, em que ela não tivesse pisado antes de nós. Gostava de punk rock, do Status Quo, do rock Brasília, do U2. Curtia e sabia de tudo. Era a Mônica do Renato Russo.

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