Cordel Para Thiago de Mello
(Gustavo Dourado)


     Amadeu Thiago de Mello:
Em Barreirinha nasceu...
Estado do Amazonas:
Thiago apareceu...
Pássaro uirapuru:
A natura o concebeu...

Ano 1926:
30 de março o dia...
O poeta veio ao Mundo:
Nas asas da poesia...
Amazônida universal:
Fluiu paz e fantasia...

Na cidade de Manaus:
Educação inicial...
Rumo ao Rio de Janeiro:
Projeto educacional...
Faculdade de Medicina:
Quatro anos no total...

Poesia à flor da pele:
Na alma desde menino...
Os mistérios da floresta:
Coração diamantino...
Amornauta do eterno:
Solidário...Cristalino...

Ditadura Militar:
O Brasil encarcerado...
Silêncio, tortura e dor:
Coração dilacerado...
Sonho desaparecido:
Condor aprisionado...

Longo exílio no Chile:
De lá teve que mudar...
Com a queda de Allende:
A Ditadura Militar...
Sanguinário Pinochet:
Sorria ao torturar...

A barra ficou pesada:
Na América Latina...
Selvageria, brutalidade:
E a sanha assasina:
Terror, morte, violência:
Brasil, Chile e Argentina...

Traduziu Pablo Neruda:
Eliot e Cardenal...
Foi traduzido em Cuba:
Etc e coisa e tal...
França, Chile, Inglaterra
É bem lido em Portugal...

Estados Unidos, Alemanha:
Tradução em poesia...
Em vários outros países:
Sua voz é alquimia...
Poeta Thiago de Mello:
Versos em discografia...

Os Estatutos do Homem:
É um registro profundo...
No
"Mormaço da Floresta":
Naturezarte a fundo
Tem poética em discos:
Como "A criação do mundo"...

Poeta Thiago de Mello:
Telurbano...Lírico-social...
O vate de Barreirinha:
Navegantena natural:
Amazônida cantador:
Artista quintessêncial...

Borges à Luz de Borges:
"Silêncio e Palavra", poesia ...
Narciso Cego ecoa:
Vento Geral tem magia...
Tenebrosa Acqua leio:
O Andarilho desafia...

A Manhã e Ponderações:
Faz Escuro mas Eu Canto
A Canção do Amor Armado
Os Estatutos é encanto...
Horóscopo para os que Estão Vivos:
Vivendo no desencanto...

Paulo Freire o nominou:
Andarilho da Liberdade...
De uma vez por todas:
Vate da fraternidade...
Amazonas, Pátria da Água:
Pororoca da saudade...

A luta pela justiça:
Ética e dignidade...
Amargou duro exílio:
Dor, arbitrariedade...
Caboclo suburucu:
Flui a naturalidade...

No coração da floresta:
Um poeta a pulsar...
Peixe-boi...Mapinguari...
Curupira ao luar...
Caipora na Hiléia:
Nas ondas do Rio-Mar...


Gustavo Dourado
www.gustavodourado.com.br

 


Querido Armagedon, vulgo Gustavo Dourado, primo-irmão de Poseidon:

Que beleza meu caro, essa homenagem ao poeta Thiago de Mello. Certamente que versos como esses devem fazer o poeta rejuvenescer, renovar a saúde e a vontade de viver. Você mergulhou nas águas do Madeira, do Tapajós, do Solimões, do Negro e do Xingu, ouviu o Uirapurú, o ronco da Pororoca, navegou pelas barrancas dos rios da Amazônia( pla-neta cobiçado pela ganância imperialista internacional ), e se banhando nos igarapés, encantado com a vitória-régia e ins-pirado em Zé Limeira, na sua pilogamia, e nos neologismos de Guimarães, falou não do Grande Sertão, mas falar do vate com precisão, desse vate da liberdade, do amor , da revolução, que cantou a Madrugada Camponesa, o Estatuto do Homem e o Faz Escuro Mas Eu Canto, Thiago de Mello do Brasil. É por isso que eu posso dizer sem medo de errar, que Gustavo Dourado é o apelido de Amargedom, irmão de Poseidon, o deus dos mares do Olimpo, primo de Iara e Yemanjá, na cosmogoniapilogâmica-afro-baiano-glauber-tejolimeira-paraibana. E já dizia o sanfo-neiro Luiz Gonzaga, num deslize financista: "Eu lhe dei vinti mi réis, pra cobrá mil i trezentu, você tein qui mi vortá, dezessete e seticentu, Mais dizesseti i seticentu? Dizesseti i seticentu... Mais dizesseti i setecentu? Dizesseti i seticentu...

Abs. do Paulão de Varadero, seu cumpadri de pilogamia, alta putaria e anarquia, Conic e baixaria ,com todo o respeito, como Vanderlei Pinho Lopes, do PAU- Partido do Amor Universal, já dizia!

PS. Tomei a liberdade de repassar o poema e a resposta para alguns amigos. Axé! E Viva o Pacotão, meu irmão!