Alemanha celebra o sucesso dos 25 anos de reunificação

 El País

Alemanha celebra o sucesso dos 25 anos de reunificação

A união conseguiu aumentar o nível de vida dos cidadãos do leste, apesar das diferenças

 

 
 

3 out. / 2015 - A elite política alemã festejará hoje na cidade de Frankfurt os 25 anos da reunificação dos dois países que levavam o nome de Alemanha a partir do final da Segunda Guerra Mundial até 1990. Um quarto de século mais tarde, é possível dizer que a absorção da República Democrática Alemã pela República Federal da Alemanha – algo que no fim dos anos oitenta estava fora do debate político e que, quando realizado, foi alvo de muitas dúvidas e resistências – foi um sucesso.

25 ANOS DA QUEDA DO MURO
O mundo mudou naquele 9 de novembro
A Berlim contracultural agora é burguesa
O cientista que burlou a Stasi
Museu público conta a vida diária na Alemanha comunista
Berlim: cidade dividida / cidade unificada
Onde está o muro?
Os 12,5 milhões de habitantes da antiga RDA se acostumaram a viver na democracia. E apesar da equiparação total com seus irmãos do leste ainda estar muito distante – a renda média por habitante na antiga Alemanha Oriental ainda é quase 20% menor do que na Ocidental –, o nível de vida dos cidadãos orientais melhorou consideravelmente. O índice de desemprego caiu à metade. Além disso, segundo comentava esta semana a um grupo de jornalistas estrangeiros o historiador Heinrich August Winkler, a reunificação conseguiu resolver de forma definitiva “a questão alemã”, que durante tanto tempo tinha manchado a Europa de sangue.

 

Reunificación de Alemania. Ingresos de los hogares

“Não sou ingênua. Sei que não conseguimos ainda a equiparação salarial e de aposentadorias. Mesmo assim, temos muito a festejar”, disse na sexta-feira em um debate parlamentar Iris Gleicke, a responsável do Governo pelos cinco Estados que, junto com Berlim Oriental, fizeram parte até 1990 da experiência alemã de socialismo.

O grande problema da dissolução daRDA foi o custo que teve para muitos de seus cidadãos, que perderam o emprego devido à desindustrialização sofrida pela região. De 1991 até 2013, as regiões da antiga Alemanha socialista perderam quase 14% de sua população. Nos últimos tempos, este processo se deteve. Na cidade de Leipzig, por exemplo, no ano passado pela primeira vez houve mais nascimentos do que falecimentos.

As comemorações do sábado se dividiram entre Berlim e Frankfurt. A segunda, coração financeiro do país, abriga os atos oficiais este ano e foi escolhida por um sistema de rodízio, que coincide com o Estado ao qual cabe a presidência do Bundesrat (Câmara Alta do Parlamento). O presidente Joachim Gauck, a chanceler Angela Merkel e outras autoridades se reúnem na Paulskirche, igreja repleta de simbolismo, pois, em 1848 e 1849, abrigou o primeiro Parlamento eleito democraticamente no país.

Reunificación de Alemania. Evolución del PIB

A comemoração continuará com um serviço religioso na catedral de San Bartolomé, ao qual se seguirá um ato na Ópera Antiga. Entre os 1.500 convidados, estão políticos como o presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker, mas não os principais responsáveis pelo fato em si: o antigo chanceler Helmut Kohl, o ex-líder soviético Mikhail Gorbachov e o ex-presidente dos EUA George Bush. Enquanto isso, em Berlim, os 25 anos da unificação da Alemanha são comemorados com uma maratona de concertos de música clássica, pop e folclórica alemã que começou na sexta-feira e vai até domingo.

ALEMANHA
31 anos depois, mulher assassinada aparece com vida
 

Petra-Pazsitka-Found-Alive-31-Years-After-Her-Murder-Yet-German-Woman-Denies-Family-Contact
Petra Pazsitka desapareceu em 1984. Depois de uma investigação, a mulher foi dada como morta e um homem confessou o assassinato. 31 anos depois, Pazsitka foi encontrada com vida e de boa saúde.


28 set. / 2015 - Em 1984 na Alemanha, Petra Pazsitka, na altura com 24 anos, foi dada como desaparecida e, depois de uma busca policial, dada como morta. Houve mesmo um homem que confessou o seu assassinato e foi condenado pelo crime.

No entanto, 31 anos depois, ao investigar um roubo a uma casa na cidade alemã de Dusseldorf, a polícia alemã deparou-se com uma inquilina, de 55 anos de idade, sem documentos de identificação. Mais tarde, e como conta a BBC, a mulher confessou às autoridades que estava a utilizar uma identidade falsa e acabou por revelar a verdadeira.

Foi então que surgiu a surpresa: o nome verdadeiro era Petra Pazsitka. Ou seja, o da mulher alegadamente assassinada em 1984. Citado pela BBC, um porta-voz da polícia de Braunschweig, cidade onde Pazsitka estudava e de onde desapareceu, revelou que a mulher queria ter sido dada como desaparecida. “Ela falou pouco sobre a origem do seu desaparecimento e porque fugiu na altura,” afirmou o porta-voz Joachim Grande, acrescentando que “ela preparou-se para isso e queria isto.”

Ao que tudo indica, Petra levantou todo o dinheiro que tinha disponível há 32 anos e deu as chaves do seu apartamento a uma colega, pedindo-lhe que cuidasse dos animais de estimação.

Segundo a mesma fonte policial a família ficou “absolutamente em choque” quando foi notificada que Pazsitka estava, afinal, viva e de boa saúde. No entanto, e segundo alguma imprensa alemã, a mulher dada como assassinada não quer ver a família apesar das suas tentativas de contato.

 

A contracultura em Berlim nos séculos XIX e XX
08/06 11:50 CET

606x340 307552

 A contracultura em Berlim nos séculos XIX e XX

"A coleção da Berlinischer Galerie centra-se na vanguarda artística. O nosso objetivo não é mostrar a arte reconhecida pela elite, estamos centrados na contracultura."

8 jun. / 2015 - Uma exposição em Berlim retrata a vida artística da capital alemã entre o final do século XIX e o final do século XX. A mostra pode ser visitada na Berlinischer Galerie e intitula-se “Arte em Berlim de 1880 e 1980”.

O período retratado começa no tempo em que a cidade era a capital do estado de Kaiser passando pela libertação artística dos anos 20, uma época em que Berlim era uma das cidades mais modernas do mundo e um centro internacional para a vanguarda.
Depois da Segunda Guerra Mundial, as coisas mudam e Berlim adormeceu até voltar a estar no centro das atenções graças à cultura, à vida noturna e a uma nova cena artística”, disse Stefanie Heckmann, comissária da exposição.

“A coleção da Berlinischer Galerie centra-se na vanguarda artística. O nosso objetivo não é mostrar a arte reconhecida pela elite, estamos centrados na contracultura”, sublinhou Thomas Köhler, diretor da Berlinischer Galerie.

A exposição é permanente e deverá integrar regularmente novas obras do espólio da galeria alemã.

A Berlinischer Galerie reabriu as portas ao público recentemente depois de obras no valor de seis milhões de euros.