LINCON LACERDA SOZINHO NA SECA DO ROCK BRASÍLIA

LINCON LACERDA NO ZEPELIM UMA PERFORMANCE VALENTE

por Mário Pazcheco

lincon

Sim! fui eu mesmo que coloquei as pedras no meu caminho

mário pazcheco

26 jul. / 2017 - Guará 2, QE 40,  Lincon Lacerda, avô das gerações pós-punks  e ciberpunks, o esforço além das atrações e estações programadas.

O show 'the musical box' de Lincon Lacerda traz na língua do papel da caixa de fósforo, o riscar e a luz na escuridão frontal do sistema.

Críticas não devem ser ouvidas, o artista sim, o artista deve empregar o seu total domínio sobre a incredulidade. O artista deve domar os demônios interiores no ato de repassar a faca em si mesmo.  O ato de contrariar, o ato de legalizar o próprio martírio. O ato de soar livre na cadência do blues - a rudeza safada do lirismo dentro da sua orelha fria.

Lincon Lacerda segue antológico junto a artistas que não se venderam e não se exporam e foram mal compreendidos. Lincon Lacerda nos devolve o chão lunar que pisamos.

Em certos dias os sapatos trocados nos carregam para direções opostas. Artistas têm o seu dia de ser malhado como "Judas" desde Bob Dylan a James Brown.

A lição que fica: é dobrar o erro e evitar expor a dose de displicência por outra dose de absolvição e redenção, que a casa Zepelim convide Lincon Lacerda novamente para se apresentar lá!

"Lincon Lacerda é o nosso Vini Reilly" (Léo Saraiva)