Ode a Los Angeles enquanto penso em Brian Jones. Falecido

Ode a Los Angeles enquanto penso em Brian Jones. Falecido
(Jim Morrison*)
 
 
 
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Sou um habitante da cidade
Acabaram de me convidar
para fazer o papel
do Príncipe da Dinamarca
 
Pobre Ofélia
 
Todos esses fantasmas que
ele nunca viu
flutuando para o juízo final
numa vela de aço
 
Volte, bravo guerreiro
Para cruzar
outro canal
 
A piscina quente, amanteigada
Onde está Marrakesh
Sob as Cascatas
a fúria da tempestade
onde os selvagens tombaram
num fim de tarde
 
monstros de ritmo
 
Você legou o seu
Nada
para competir com o
Silêncio
Espero que você tenha partido
sorrindo
Como uma criança
em busca dos retalhos frios
de um sonho
 
O homem-anjo
por cujas palmas
e dedos
as Serpentes competiam
Finalmente elas chamaram
esta alma doce
 
Ofélia
 
Folhas encharcadas
em seda
Um sonho
de cloro
 
a testemunha louca
sufocada
 
A borda, o mergulho
A piscina
 
você era um guerreiro
uma musa de almíscar e damasco
Você era o sol
pálido
para uma tarde de TV
 
um lagarto
cavalo selvagem malhado de
amarelo
 
Veja agora onde você foi
parar
no paraíso da carne
com os canibais
e os judeus
 
O jardineiro
achou
o corpo, em pé. Flutuando
 
Bem Aventurado Vagabundo
de que tecido verde, pálido,
você é feito
com bolsos e cortes na pele
de deusa
 
Será que ele vai Feder
quando for carregado para
o céu
Entre muralhas
de música?
 
De jeito nenhum,
 
Réquiem para uma fera
 
Aquele sorriso
Aquele esgar de sátiro
voou para o alto
 
para dentro do lodo
 
*Jim Morrison, nov. / 1969.
 
OBS: Brian Jones e Jim Morrison morreram na mesma data - 3 de julho - com dois anos de diferença - o primeiro em 69, o segundo em 71. Os dois morreram na água: Brian afogado em sua piscina, Morrison de um ataque cardíaco numa banheira.
 
**Originalmente publicado em Rock, a história e a Glória - The Doors, suplemento, texto de Antonio Carlos Miguel e tradução de Ricky Goodwin.
 
Ode a Los Angeles enquanto penso em Brian Jones. Falecido
 
(Jim Morrison*)
 
brianjones
 
 Sou um habitante da cidade
Acabaram de me convidar
para fazer o papel
do Príncipe da Dinamarca

 Pobre Ofélia
Todos esses fantasmas que
ele nunca viu
flutuando para o juízo final
numa vela de aço

Volte, bravo guerreiro
Para cruzar
outro canal
 
A piscina quente, amanteigada
Onde está Marrakesh
Sob as Cascatas
a fúria da tempestade
onde os selvagens tombaram
num fim de tarde
 
 
monstros de ritmo
Você legou o seu
Nada
para competir com o
Silêncio
Espero que você tenha partido
sorrindo
Como uma criança
em busca dos retalhos frios
de um sonho
 
 
O homem-anjo
por cujas palmas
e dedos
as Serpentes competiam
Finalmente elas chamaram
esta alma doce
 
 
Ofélia
Folhas encharcadas
em seda
Um sonho
de cloro
 
a testemunha louca
sufocada
 
A borda, o mergulho
A piscina
 
você era um guerreiro
uma musa de almíscar e damasco
Você era o sol
pálido
para uma tarde de TV
 
 
um lagarto
cavalo selvagem malhado de
amarelo
 
Veja agora onde você foi
parar
no paraíso da carne
com os canibais
e os judeus
 
O jardineiro
achou
o corpo, em pé. Flutuando
 
Bem Aventurado Vagabundo
de que tecido verde, pálido,
você é feito
com bolsos e cortes na pele
de deusa
 
Será que ele vai Feder
quando for carregado para
o céu
Entre muralhas
de música?
 
De jeito nenhum,
 
Réquiem para uma fera
 
Aquele sorriso
Aquele esgar de sátiro
voou para o alto
 
para dentro do lodo
 
 
*Jim Morrison, nov. / 1969.
 
 
OBS: Brian Jones e Jim Morrison morreram na mesma data - 3 de julho - com dois anos de diferença - o primeiro em 69, o segundo em 71. Os dois morreram na água: Brian afogado em sua piscina, Morrison de um ataque cardíaco numa banheira.
 
**Originalmente publicado em Rock, a história e a Glória - The Doors, suplemento, texto de Antonio Carlos Miguel e tradução de Ricky Goodwin.